segunda-feira, 2 de maio de 2016

A viagem pelas letras, por Natalia Moreno (Crônica)

A viagem pelas letras
(Autora: Natalia Moreno)

Antes de ter a minha independência financeira para poder viajar eu conheci outras cidades, estados, países, o mar e outras culturas através dos livros.
A leitura me levou para lugares maravilhosos. Comecei a explorar o mundo com a Coleção Vaga-Lume, me angustiei com Zezinho e sua porquinha preta e com o sufoco que Atíria passou e me aventurei na Ilha Perdida.
Fui crescendo e tomando gosto por outros lugares, outras histórias. Andei de navio com Gulliver, fui cúmplice do Dr. Frankenstein, tive aulas com Platão e me vi no Mundo de Sofia. Sonhava com um amor puro e verdadeiro como Romeu e Julieta (só que sem a parte da tragédia), achei Aurélia bem sacana com Fernando em Senhora (mas bem que ele mereceu).
Na minha vida literária não tive muito incentivo da família para seguir com a cara nos livros, mas isso não me apagou. As letras me fascinavam (e fascinam). Era e é mágico que 26 letrinhas possam transformar-se em páginas e páginas.
Os livros e a música sempre estiveram presentes em minha vida, infelizmente, não tenho talento para ser uma rockstar, então peguei uma agenda velha e uma caneta e passei a criar o meu mundo.
Me tornei rata de biblioteca e era conhecida como a garota dos livros e foram eles as melhores companhias que eu poderia ter. Conforme fui crescendo os livros sem imagens foram me ganhando ainda mais. Me ensinaram, divertiram e me viciaram (sem efeito colateral). Adquiri uma interpretação de texto e de mundo melhor, arrisco a dizer que me deixaram mais inteligente.
Então quis criar novos mundos, novas realidades. Criei minhas histórias, meus personagens que me consomem e teimam em ter vida própria. Criei a Sofia que me ensinou a importância do amor próprio, criei contos que saíram do meu íntimo carregados de sentimentos/sensações que eu teimava em negar. Criei a Lilian que lutou para provar que era mais que um rosto marcado.
De cada livro que li, que escrevi, guardei o conhecimento e esse eu sei que ninguém me tira! Comece com o que gosta. Nem todo livro é sobre mocinhas e mocinhos (O caçador de pipas), nem todos são de conteúdo sério (O diário de Bridget Jones). Quer aventura? Leia As viagens de Gulliver.
Não existe livro chato. Existe um livro para cada pessoa!


2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Dizer Parabéns soa tão natural, que me seguro em não dizer, o que dizer então?
    Que invejo cada um de vocês, de se reunirem e discutirem assuntos ligado à literatura, à escrita, como fizeram nossos mestres, quando iniciaram na arte de escrever.
    Sonhamos em escrever muitos livros, muitas antologias, para que nossa doutrina, sejam lidas e transcendam séculos. Escrevam e lutem pelo que acreditam, a vida para o escritor, morre quando deixa de escrever, por isso, se for necessário... escrevam!

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